Pousou sobre mim sossego imenso,
ao Sol quente, todo o meu sonho, cedi!
Talvez por necessidade talvez por senso,
perante a Natureza adormeci!
Docemente compreendi o teu olhar
e como uma barca entrei no Mar!
Os remos eram a eterna saudade,
o leme o meu desmedido amor.
A barca vogava sobre lágrimas
pintadas de onde em onde por poesia.
A luz do Sol nas lágrimas luzia
forçava-me a cerrar as frágeis pálpebras.
A sombra do vasto arvoredo
fazia-me temer a indesejada solidão.
O vento foi sublime, não metia medo,
queria afagar-me com boa intenção.
Mas tudo o que eu procurava em segredo,
não era mais que um som do coração
mal se ouvia, mas a razão já me dizia:
Amanhã acordarás num outro dia
espero, tenhas ponderado essa paixão!
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