segunda-feira, 19 de março de 2012

Eterna Saudade



Pousou sobre mim sossego imenso,

ao Sol quente, todo o meu sonho, cedi!

Talvez por necessidade talvez por senso,

perante a Natureza adormeci!

Docemente compreendi o teu olhar

e como uma barca entrei no Mar!

Os remos eram a eterna saudade,

o leme o meu desmedido amor.

A barca vogava sobre lágrimas

pintadas de onde em onde por poesia.

A luz do Sol nas lágrimas luzia

forçava-me a cerrar as frágeis pálpebras.

A sombra do vasto arvoredo

fazia-me temer a indesejada solidão.

O vento foi sublime, não metia medo,

queria afagar-me com boa intenção.

Mas tudo o que eu procurava em segredo,

não era mais que um som do coração

mal se ouvia, mas a razão já me dizia:

Amanhã acordarás num outro dia

espero, tenhas ponderado essa paixão!

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